Como se diagnostica o Neuroma de Morton?
O diagnóstico do Neuroma de Morton é efetuado pelo Médico Ortopedista, numa avaliação minuciosa de sinais clínicos e exames. É importante descartar outras patologias com sintomas semelhantes, como artrose, fratura de stress, bursite, entre outras, para garantir o tratamento mais adequado.
Depois de o pé ser examinado e de se levantar a suspeita de Neuroma de Morton, poderá ser solicitada uma radiografia ao pé e uma ecografia. Se persistirem dúvidas, ou se o Neuroma de Morton se apresentar de forma atípica, a ressonância magnética pode confirmar o diagnóstico.
Neuroma de Morton: tratamento
A primeira linha de tratamento do Neuroma de Morton consiste na alteração do calçado, na utilização de palmilhas ou ortóteses e em exercícios de alongamento, de forma a reverter o mecanismo agressor que deu origem à patologia. Cabe ao médico prescrever o tipo de calçado e de ortóteses mais adequadas ao pé de cada paciente, para que tenha o efeito desejado. Geralmente, é aconselhado usar sapatos mais amplos, de tacão baixo e com palmilha com apoio retrocapital, para melhor proteger e acondicionar a planta dos pés. Em muitos casos, pode ser necessário usar palmilha ortopédica de descarga, moldada e personalizada.
Quando é necessário alívio sintomático temporário, o médico ortopedista poderá prescrever terapêutica, oral ou local, de ação anti-inflamatória e analgésica, podendo, em alguns casos, ser indicada infiltração com corticoide. Contudo, o paciente não deve, em caso algum, automedicar-se ou adotar algum tratamento caseiro ou natural que não se enquadre nas recomendações médicas, para não agravar o quadro clínico.
Nas situações mais graves e persistentes, poderá ser necessário proceder à remoção cirúrgica do Neuroma de Morton. Os procedimentos são de curta duração e podem ser realizados em regime ambulatório, ou seja, o doente não precisa de ficar internado. O Neuroma de Morton é removido da fibrose que o envolve, resultando no alívio da sintomatologia com uma elevada taxa de sucesso (acima dos 85%). Em alguns casos, poderá ocorrer perda parcial de sensibilidade nos dedos envolvidos.
Além disso, é importante controlar o peso em excesso, uma vez que este fator também pode contribuir para uma maior compressão sobre a zona afetada, provocar um processo inflamatório e, assim, comprometer qualquer via de tratamento que venha a ser implementada. Em alguns casos, pode também ser indicada a realização de sessões de fisioterapia para alongar a fáscia plantar e os dedos dos pés, com recurso a equipamentos específicos, como, por exemplo, ultrassom ou laser.