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Temas de Saúde

O Clima está a mudar. Os alimentos e a agricultura também.

Mónica Santos (Nutricionista) . 18/10/2016

O Dia Mundial da Alimentação promovido pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) é comemorado nos vários cantos do mundo. Todos os anos um tema diferente, um objetivo comum: Promover a existência de alimentos seguros, em quantidades adequadas para a população mundial, reduzindo as desigualdades e os desequilíbrios nutricionais, por défice ou por excesso.

O Clima está a mudar. Os alimentos e a agricultura também.


É com este tema que a FAO este ano nos desafia.


Várias alterações climáticas que conhecemos tornaram-se comuns, como o degelo, a subida da água do mar, as secas, os ciclones e as inundações, ameaçam a agricultura e a produção de alimentos, ameaçando a meta de acabar com a fome até 2030.


Todos nós temos um papel ativo neste desafio, alterando as nossas rotinas diárias enquanto consumidores e utilizadores do ambiente que nos rodeia.

Neste sentido, no dia Mundial da Alimentação, A Joaquim Chaves Saúde, apresenta-lhe 4 das propostas da FAO:



  • Diversifique a sua dieta

Faça uma refeição vegetariana por semana em substituição de uma refeição de carne.

Na produção de carne são gastos mais recursos naturais, como a água, do que na produção de vegetais. Uma refeição com legumes variados, cereais e leguminosas (ervilha, feijão, grão, lentilha, etc.) permite riqueza e equilíbrio nutricional, saciedade e economia.


Neste ano Internacional das Leguminosas, é importante potenciar a sua utilização na gastronomia quotidiana. Além da substituição da carne, podem fazer parte da dieta diária, se incluídas na base ou guarnição de sopas e saladas.


Adquira alimentos de acordo com a necessidade do seu agregado familiar.

Não se esqueça que as crianças, apesar de se encontrarem em período de crescimento e desenvolvimento, necessitam de quantidades muito pequenas de alimentos, nomeadamente, carne e peixe. A insistência para que ingiram quantidades maiores, alegando à sua fase de desenvolvimento na maior parte das vezes conduz a um ambiente de refeição, desgastante, quando na verdade se pretende que seja de partilha e socialização.


Escolha alimentos de acordo com a sazonalidade e regionalidade.

Além de serem mais económicos, os produtos adquiridos na época própria e produzidos nas suas zonas, são habitualmente mais saborosos e nutricionalmente mais ricos, pois o menor tempo entre a colheita e o consumo, promove a preservação de nutrientes e sabor.



  • Opte por produtos alimentares orgânicos.

A agricultura orgânica permite a preservação dos solos e aumenta a sua capacidade para reter carbono, o que ajuda a reduzir as alterações climatéricas.

Optar por alimentos de produção orgânica, quer nas cadeias de supermercados, mercados locais ou mesmo através da produção familiar, são medidas que devemos considerar transversalmente.

As já comuns hortas urbanas, são um excelente exemplo de dinamização deste princípio.



  • Armazene corretamente os alimentos

Ao guardar os produtos alimentares, não se esqueça de mover os produtos mais antigos para a frente e os mais recentes para trás. Desta forma evita ultrapassar os prazos de validade e o desperdício alimentar.


Após abertura das embalagens e caso não consuma os produtos até ao final, guarde-as em embalagens hermeticamente fechadas, de acordo com a temperatura recomendada (em refrigeração, congelação ou à temperatura ambiente).



  • Utilize com segurança as sobras alimentares

Se cozinhou em excesso, não desperdice! Refrigere o mais rapidamente possível a sobra de alimentos, congele-a para consumo noutra altura, ou refrigere-a e transforme-a para consumo no dia seguinte.


Para quem faz refeições em restaurantes, lembre-se “menos é mais”! Se pensa que uma dose completa é demasiado para si, peça meia dose, ou solicite a sobra para levar. Deste modo, economiza, além de melhorar o seu estado nutricional, por ingerir aquilo que realmente necessita.


O contributo e exemplo de cada um de nós, em casa, na escola, no trabalho fará a diferença na saúde e ambiente que temos e contribuirá para a meta da FAO “Acabar com a fome até 2030”.

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