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Recomendações Europeias sobre Prevenção das Doenças Cardiovasculares na Prática Clínica: prevenção da incapacidade e da mortalidade precoce provocadas pelas doenças cardiovasculares através de medidas de modificação dos hábitos de vida, do controlo dos factores de risco, e quando necessário, da prescrição profilática de alguns fármacos.
European Guidelines on CVD Prevention – Fourth Joint European Societies’ Task Force on Cardiovascular Disease Prevention in Clinical Practice
As doenças cardiovasculares, e particularmente a doença arterial coronária, constituem as principais causas de morte nas pessoas de meia-idade e nos idosos da maioria dos países europeus tal como em todo o mundo na generalidade dos países mais desenvolvidos.
O enfarte do miocárdio, o acidente vascular cerebral (AVC) e a doença obstrutiva das artérias carótidas ou dos membros inferiores, traduzem a expressão localizada da doença aterosclerose, que começa a desenvolver-se muitos anos antes de ocorrer um acidente grave, contribuindo para o aumento da mortalidade cardiovascular – muitas vezes de maneira súbita totalmente inesperada.
A deteção da doença aterosclerótica na fase pré-clínica, isto é, antes de causar sintomas ou acidentes graves, corresponde à chamada Estratégia de Prevenção Primária, procurando identificar as pessoas pertencentes a grupos de risco mais elevado. Esta estratégia assenta na capacidade de descobrir pistas ou sinais de doença em consultas e exames de diagnóstico cardiológico e vascular – eletrocardiograma em repouso e em esforço, ecocardiograma e doppler cardíaco, Holter de 24 Horas, M.A.P.A-24H, Eco-Doppler Vascular, Angio-TC, e análises de sangue para avaliar os níveis de colesterol e gorduras do sangue, diabetes, marcadores inflamatórios, ou do funcionamento dos rins.
O conceito de Risco Cardiovascular Total, envolve o estudo e diagnóstico aprofundado de uma doença provocada por múltiplos fatores, como é o caso da aterosclerose. Associações destes fatores de risco apresentam um efeito multiplicador, pelo que, uma pessoa com vários destes fatores - mesmo em grau moderado - pode possuir um risco consideravelmente maior em relação a outro indivíduo com apenas um fator de risco, mas muito elevado.
O plano de Avaliação Cardiovascular, com cálculo do Risco Cardiovascular Total, deve ser realizado anualmente nas pessoas que não têm sintomas. Se pertencer a uma família com vários casos de doentes com colesterol elevado, dislipidemia familiar ou de morte cardiovascular precoce, a avaliação poderá ser realizada a partir dos 20 anos (pai ou irmão afectados numa idade <55 anos, mãe ou irmã <65 anos), ou geralmente após os 40 anos.
Esta avaliação destina-se principalmente à implementação da Prevenção Primária das Doenças Cardiovasculares, tendo como grupo alvo os indivíduos livres de sintomas ou de manifestações de doença cardiovascular.