Terapia de Casal: o que é e porque é importante

3. Reforçar a intimidade e a ligação emocional

Com o tempo, é natural que a rotina, o stress ou as responsabilidades da vida adulta afetem a proximidade emocional. A terapia permite ao casal reconectar-se, relembrar os motivos que os uniram e encontrar novas formas de se aproximarem, promovendo a intimidade.

4. Superar crises

Traições e perda de confiança são eventos profundamente dolorosos, que deixam marcas em qualquer relação. A terapia cria um espaço seguro para que estes episódios possam ser explorados com honestidade, permitindo ao casal decidir, de forma consciente, como ultrapassar estes desafios e seguir em frente.

5. Tomar decisões em conjunto

Questões como ter filhos, mudar de país, gerir finanças ou lidar com familiares podem gerar tensão. A terapia ajuda o casal a alinhar expectativas, gerir diferenças e tomar decisões de forma colaborativa e construtiva.

6. Preparar ou adaptar-se para mudanças na relação

Fases como o casamento, a chegada dos filhos ou a reforma trazem mudanças que exigem ajustamentos de ambas as partes. A terapia pode ser uma forma preventiva de preparar o casal para essas transições, reforçando a resiliência da relação.

7. Avaliar a viabilidade da relação

Em alguns casos, o casal procura terapia para perceber se deve continuar junto ou separar-se. O acompanhamento profissional ajuda a explorar essa decisão com maturidade, clareza e respeito mútuo, permitindo que ambos compreendam o que realmente desejam e o que é mais saudável para cada um.

Quais as limitações da terapia de casal?

Para que o processo terapêutico funcione, é essencial que ambas as pessoas estejam dispostas a participar, ouvir e estar aberto à mudança. Se apenas um dos parceiros estiver comprometido, os resultados serão limitados.

As mudanças profundas exigem tempo, paciência, consistência e disponibilidade emocional. É comum que nas primeiras sessões surjam desconfortos e resistências. É normal e faz parte do processo - é um sinal de que os temas importantes estão a ser trazidos à superfície e a ser trabalhados. A terapia não oferece soluções mágicas, mas sim ferramentas para uma transformação gradual.

3. Mapa do amor

Inspirado pelo trabalho de John Gottman, este exercício convida o casal a responder a perguntas que aprofundam o conhecimento mútuo: gostos, medos, rotinas, sonhos. Fortalece a intimidade e o sentimento de conexão.

4. Agendamento de tempo de qualidade

Muitos casais acabam por negligenciar o tempo a dois. O terapeuta pode propor atividades simples e regulares — como passeios, jantares ou conversas sem telemóveis — para reforçar a conexão e promover momentos de presença genuína.

5. Lista de gratidão ou apreciação

Cada parceiro identifica e partilha coisas que aprecia no outro, mesmo em fases mais desafiantes. Este exercício ajuda a recentrar a atenção nos aspetos positivos da relação e a valorizar o vínculo.

6. Exercício da carta não enviada

Cada elemento escreve uma carta ao parceiro sobre um tema difícil, sem a obrigação de a entregar. Este exercício permite clarificar emoções e aliviar tensões internas com segurança emocional.

7. Planeamento de mudanças concretas

O casal define, com apoio do terapeuta, comportamentos específicos a melhorar e compromete-se com ações práticas.

8. Recriar memórias positivas

Relembrar momentos marcantes — como o primeiro encontro, uma viagem especial ou uma superação conjunta — ajuda a reforçar o sentido de “nós” e a reativar o compromisso emocional.

Cada sessão é única, porque cada casal tem a sua história. Estar disponível para o processo — mesmo quando emocionalmente exigente — é já um passo significativo na construção de uma relação mais consciente e saudável.