Amígdalas e adenoides: o que são e quando operar

As amígdalas e adenoides ajudam o organismo a combater infeções. O que fazer quando passam a ser um problema? Saiba mais.

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Pessoa a tocar na garganta com desconforto causado pelas amigdalas

As amígdalas e os adenoides são parte do sistema de defesa do organismo, mas são também foco frequente de infeções. Saiba o que são e o quando se deve operar.

As amígdalas e os adenoides são as primeiras defesas que os agentes infeciosos encontram quando tentam entrar no organismo humano, mas podem passar a ser um problema de saúde e de qualidade de vida, quando infecionam ou se tornam obstrutivas. Descubra o que são, quando passam a ser um problema e o que fazer nesse caso.


O que são os adenoides e amígdalas e para que servem?

Os adenoides são um aglomerado de tecido linfoide que se situa na rinofaringe (região posterior do nariz) e as amígdalas são duas estruturas de tecido semelhante, encapsulado, de forma oval, que se situam dum lado e do outro da garganta. A sua função é, em conjunto com diversas outras estruturas que se localizam nas paredes da faringe, produzir células de defesa e anticorpos necessários para se combaterem as infeções virais e bacterianas que infetam o nosso organismo pela via respiratória. As amígdalas são visíveis, mas os adenoides não podem ser observados sem recorrer a instrumentos ou exames especiais (ex. Rx do cavum faríngeo), dado que se situam atrás da cavidade nasal e num plano por cima do palato.

Os adenoides e amígdalas aumentam de tamanho entre os 2 e 5 anos de idade, altura em que começam os primeiros contactos com os microrganismos. A partir dessa altura, o volume começa a diminuir. Pelos 13-14 anos, os adenoides atrofiam e praticamente desaparecem na idade adulta.

Amígdalas e adenoides, em conjunto com outras estruturas localizadas na primeira linha de defesa do sistema imunitário, estão naturalmente sujeitas a infeções e inflamações. A grande maioria das infeções são virais e autolimitadas, sendo rapidamente resolvidas pelo sistema imunitário que progressivamente se torna mais eficaz ao longo da infância e da adolescência.

As infeções bacterianas, quer dos adenoides quer das amígdalas, condicionam frequentemente um quadro clínico mais exuberante, com febre e obstrução nasal e produção de muco espesso, esverdeado, no caso dos adenoides e, dores de garganta, febre alta e dificuldade em engolir no caso das amígdalas. Frequentemente, ambas as estruturas podem ser infetadas, mas a infeção amigdalina é em geral restrita às amígdalas.

Em algumas crianças e adolescentes, o quadro pode tornar-se recorrente ou mesmo crónico, condicionando obstrução nasal permanente, roncopatia, alteração do desenvolvimento da face e da dentição, atraso do crescimento e otites de repetição.

O aumento de volume dos adenoides está também associado à otite serosa. Dado que este aumento impede o natural arejamento, é acumulado líquido no interior do ouvido. Além disso, também pode ocasionar perda auditiva. Contudo, ambas as situações são reversíveis e melhoram com a resolução da obstrução nasal.


Quando é que as adenoides e amígdalas passam a ser um problema?

Existem alguns sinais que podem indicar um compromisso da função dos adenoides ou das amígdalas. Entre os mais comuns, destacam-se:

  • Obstrução nasal persistente do nariz.

  • Roncopatia (ressonar) e apneia do sono, provocando sono agitado, cansaço, dores de cabeça, sonolência diurna e mau rendimento escolar.

  • Infeções recorrentes como amigdalites, sinusites ou otites, com diminuição da audição e atraso na na linguagem.

  • Respiração pela boca, originando secura dos lábios, da boca e da faringe, com aumento da placa bacteriana e mau hálito.

  • Atraso de desenvolvimento.

  • Alterações faciais e ortodônticas, como lábio superior curto e levantado, ou saliência dos dentes incisivos superiores.

Estes sinais são frequentemente consequência dum aumento anormal de volume e infeções repetidas dos adenoides e amígdalas, com consequências na saúde geral da criança e no seu desenvolvimento físico e psicossocial.

Uma criança com estas queixas deve ser orientada para uma Consulta de Otorrinolaringologia, de modo a estabelecer um correto diagnóstico e definir um tratamento adequado em tempo útil.


O tratamento das doenças dos adenoides e amígdalas

O tratamento das doenças dos adenoides e das amígdalas depende de cada situação. Na grande maioria dos casos, o tratamento médico adequado resolve de forma eficaz essas doenças.

O recurso a descongestionantes, anti-histamínicos, anti-inflamatórios e, nas infeções, antibióticos, associado por vezes a imunoestimulantes, permite um bom controlo das doenças que, com o desenvolvimento da criança, se tornam em geral muito menos frequentes.


Quando operar os adenoides e amígdalas?

Muitas das indicações para a cirurgia, do passado, já não se aplicam atualmente, graças à ação cada vez mais eficaz e segura dos antibióticos. Hoje em dia, é possível controlar clinicamente as infeções das vias respiratórias, diminuindo de forma considerável a necessidade de recorrer à cirurgia.

Contudo, existem ainda algumas situações em que o procedimento cirúrgico pode ser o mais indicado, tanto em crianças como em adultos.

Indicação nas crianças

A indicação para cirurgia nas crianças é ainda frequente, por duas razões:

  1. Infeções crónicas ou recorrentes, difíceis de controlar com recurso sistemático a antibioterapia e outros tratamentos, condicionando uma elevada taxa de absentismo escolar da criança e também profissional dos pais. Neste caso, e depois de esgotadas as opções não invasivas, a decisão de operar deve ser discutida com o Pediatra e o médico Otorrinolaringologista.

  2. Suspeita de apneia do sono, ou seja, dificuldade em respirar pelo nariz, que se torna mais intensa durante a noite. Poderão ocorrer momentos em que a criança para momentaneamente de respirar. Esta situação pode provocar um ressonar intenso, sono muito agitado e exaustão. À semelhança do ponto anterior, também neste caso a decisão para cirurgia deve ser ponderada em conjunto com as duas especialidades médicas.

Indicação nos adultos

Em certas situações, mais frequentemente em adolescentes e adultos jovens, a infeção das amígdalas deixa de se poder controlar apenas com o recurso a antibióticos habitualmente eficazes nestas situações. Esgotadas as medidas médicas para o controlo da situação, a cirurgia é a opção correta e definitiva para a cura destas infeções, independentemente da idade.

A remoção cirúrgica das adenoides e amígdalas deve ser considerada sempre que se verificar que o seu volume provoca obstrução das vias aéreas, condicionando o aparecimento de roncopatia e apneia do sono.

Assim, perante a falência do tratamento médico com recurso a medidas gerais e farmacológicas, o médico Otorrinolaringologista avaliará o historial clínico de infeções de repetição e de obstrução das vias aéreas, bem como o impacto destas na saúde e qualidade de vida do paciente, e será ponderado o tratamento cirúrgico para resolução da situação. É importante referir que não existe uma idade ideal para esta intervenção, mas sim o momento certo de cada criança ou de cada adulto, dependendo da gravidade do caso.

A amidalectomia/adenoidectomia é um procedimento cirúrgico muito eficaz, de risco limitado, com uma recuperação habitualmente rápida.

De realçar que a cirurgia não compromete o sistema imunitário, uma vez que muitas outras estruturas e tecidos participam nesse sistema. A intervenção não está associada a um aumento da incidência de infeções, de asma ou de doenças alérgicas, nem a existência de alergias constitui uma contraindicação para a operação.

Esclareça as suas dúvidas com o seu otorrinolaringologista.


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