As lesões na mão têm um impacto significativo na na qualidade de vida de qualquer pessoa. Conheça as 3 mais comuns, quais as causas e como tratar.
1. Dedo em gatilho
O dedo em gatilho é uma patologia frequente que causa dor, clique ou bloqueio durante o ato de fletir o dedo da mão. Normalmente, os tendões flexores deslizam suavemente, permitindo o movimento do dedo. No entanto, com o dedo em gatilho, o tendão ou a bainha do tendão desenvolvem uma inflamação ou um nódulo, interferindo no movimento do dedo.
Causas
As causas exatas do dedo em gatilho ainda não estão totalmente estabelecidas, mas existem alguns fatores de risco associados a esta lesão na mão. O dedo em gatilho é mais comum em mulheres a partir dos 50 anos de idade, notando-se uma maior incidência em doentes com diabetes, doenças reumáticas ou outras condições inflamatórias.
Sintomas
Os sintomas do dedo em gatilho podem variar desde um leve desconforto até a uma dor intensa. Além da sensação de bloqueio ao mover o dedo, outros sintomas comuns incluem maior sensibilidade, inchaço e rigidez no dedo afetado. Em alguns casos, pode haver um estalido audível quando o dedo é movido.
Tratamento
O tratamento do dedo em gatilho pode variar, dependendo da gravidade dos sintomas. Na fase inicial da doença ou quando as queixas são ligeiras, as medidas conservadoras podem ser suficientes para tratar a lesão. Nesta abordagem, inclui-se, geralmente, a utilização de uma ortótese, medicação anti-inflamatória ou infiltração com um corticoide, se necessário. O tratamento cirúrgico constitui a opção seguinte. O procedimento consiste na libertação da bainha do tendão para permitir um movimento mais fluido do dedo.
2. Síndrome do túnel cárpico
A síndrome do túnel do cárpico corresponde à compressão ou inflamação do nervo mediano, que passa pelo punho. O nervo mediano é responsável pela sensibilidade do polegar, segundo e terceiro dedos, bem como metade do quarto dedo.
Causas
A síndrome do túnel do carpo pode ser devida a vários fatores. Algumas pessoas têm um túnel do carpo mais estreito, o que aumenta a probabilidade de compressão do nervo mediano. Contudo, esta lesão na mão está mais associada à realização de atividades que solicitam repetidamente o punho e a mão, quer laborais, quer desportivas. Ocorre mais frequentemente em mulheres entre os 40 e 60 anos de idade, notando-se uma maior incidência em doentes com diabetes ou doenças reumáticas. Pode ainda estar presente durante a gravidez.
Sintomas
Os sintomas da síndrome do túnel do carpo podem variar em intensidade, mas, geralmente, envolvem dor, dormência e fraqueza na mão, no pulso e nos dedos. Os sintomas tendem a agravar-se durante a noite.
Tratamento
Em geral, o tratamento conservador pode ser adequado a uma fase inicial da doença ou quando as queixas são ligeiras. Nesta modalidade de tratamento, recorre-se a uma tala de punho noturna, medicação anti-inflamatória, se necessário, ou realização de infiltração com um corticoide. Se os sintomas persistirem ou forem graves, pode ser considerada a cirurgia. O procedimento consiste num corte sobre a região do túnel do carpo para aliviar a pressão sobre o nervo mediano.
3. Fratura do rádio distal
A fratura do rádio distal é uma das lesões na mão mais frequentes. É comummente designada como “punho partido” e a deformidade resultante pode ser visível.
Causas
A principal causa da fratura do rádio distal é a queda com apoio sobre o punho em dorsiflexão. Este tipo de queda pode ocorrer em diversas situações, como tropeçar, escorregar, realizar atividades desportivas, entre outras. A força do impacto direto sobre o pulso pode ser suficiente para fraturar o osso rádio na região distal. Ocorre mais frequente em mulheres, estando relacionada com a presença de osteoporose.
Sintomas
Os sintomas comuns da fratura do rádio distal incluem dor, inchaço, deformidade, dificuldade em mover o pulso e sensibilidade ao toque na área fraturada.
Tratamentos
O tratamento para fratura do rádio distal depende da gravidade e da posição dos fragmentos ósseos. Em alguns casos, o tratamento conservador pode ser suficiente, envolvendo a imobilização do antebraço e do punho com uma tala ou gesso, para permitir a cicatrização adequada do osso. Geralmente, envolve um período médio de 4 a 6 semanas, complementado com medicação analgésica. Nos casos mais graves ou quando há desalinhamento significativo dos fragmentos ósseos, a intervenção cirúrgica pode ser necessária. Em geral, a cirurgia envolve o realinhamento dos ossos fraturados, usando placas, parafusos ou outros dispositivos de fixação para manter os fragmentos na posição adequada durante o processo de cicatrização.






