Hérnia
As hérnias são frequentes e podem afetar pessoas de todas as idades. As mais comuns são as inguinais, localizadas na virilha, e afetam sobretudo homens. Seguem-se as hérnias na zona do umbigo e, em terceiro lugar, as hérnias incisionais, que surgem numa cicatriz de uma cirurgia abdominal. Há ainda a hérnia crural ou femoral, cuja saliência se encontra junto à coxa, um pouco abaixo da virilha, a epigástrica, entre o umbigo e o tórax, e a hérnia na coluna.
Este é um defeito que pode surgir à nascença ou desenvolver-se por alterações metabólicas dos tecidos, pela combinação aleatória destes, ou por deficiente cicatrização das feridas de cirurgias abdominais prévias.
Ainda não foi determinado com certeza se existe uma tendência genética para ter hérnias, embora pareça que sim, mas é importante ter em conta que, sobretudo nas fases iniciais, é possível ter uma hérnia que não causa dor.
Fatores de risco
Ainda que não se possa evitar o seu aparecimento, pode reduzir-se a probabilidade do aparecimento das hérnias, evitando alguns hábitos que enfraquecem os tecidos, tal como fumar ou uma alimentação deficiente. Entre outros fatores de risco incluem-se ainda a gravidez, a obstipação, a tosse crónica e esforços excessivos.
Tratamento e cirurgia
Na maior parte dos casos, o tratamento da hérnia é feito através de uma cirurgia, de forma clássica ou por laparoscopia (menos invasiva), de forma a evitar complicações. Estas podem mesmo ser graves, no caso de estrangulamento, situação em que o intestino é apanhado e sofre uma rápida gangrena. Esta é uma complicação que obriga a uma cirurgia de urgência e estabelece um sério risco de vida.
A cirurgia envolve a realização de uma pequena incisão através da qual a porção do organismo saliente é colocada novamente para dentro. Para fixar o intestino pode-se utilizar os próprios tecidos do doente, mas na maioria dos casos recomenda-se a colocação de uma rede (prótese), as principais exceções são as hérnias com menos de dois centímetros de diâmetro, as hérnias de desportistas e as de crianças. Na sua imensa maioria as redes são de polipropileno, um produto sintético perfeitamente tolerado pelo organismo. Contudo, existem casos extremamente raros de rejeição.
A cirurgia aberta sem rede é um procedimento mais simples, que abdica do uso de prótese e pode ser realizada até com anestesia local. Tem uma baixa incidência de dor pós-operatória.
Por seu turno, a cirurgia aberta com rede implica a colocação de rede e também pode ser realizada com anestesia local. A incidência de dor pós-operatória pode ser ligeiramente maior.
Outra alternativa é a cirurgia laparoscópica, que obriga a anestesia geral e implica sempre a utilização de rede. Permite, porém, uma recuperação mais rápida e com menos dor.
Na Clínica Cirúrgica de Carcavelos, os especialistas determinam nesta consulta especializada qual o tratamento mais adequado, complementando a sua avaliação com um exame físico e, se necessário, exames de imagem.
Corpo Clínico:
Dr. Miguel Pinto - Clínica Cirúrgica de Carcavelos;
Dr. Luís Pimentel Fontes - Clínica Cirúrgica de Carcavelos;
Dr. António Freitas - Clínica Cirúrgica de Carcavelos, Clínica de Cascais e Clínica de Miraflores;
Dr. Fernando Cássio - Clínica Cirúrgica de Carcavelos e Clínica de Miraflores;
Dra. Teresa Santos - Clínica Cirúrgica de Carcavelos;
Dr. Ricardo Souto - Clínica Cirúrgica de Carcavelos.

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