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Joaquim Chaves Saúde | Coronavírus - Informação

03/02/2020

03/02/2020

Joaquim Chaves Saúde | Coronavírus - Informação

No dia 31 de dezembro de 2019, a OMS foi informada da existência de um surto de casos de pneumonia de etiologia desconhecida, com foco na cidade de Wuhan, na província de Hubei na China.



No dia 7 de janeiro de 2020, um novo Coronavírus (2019-nCoV) foi identificado como o agente responsável.



A fonte da infeção ainda não está esclarecida, havendo a hipótese de se tratar de uma zoonose (transmissão da infeção através de contacto com animais), à semelhança do que sucedeu com a emergência de outros Coronavírus no passado (SARS – Severe Acute Respiratory Syndrome em 2002 e MERS – Middle East Respiratory Syndrome em 2012).



A infeção por 2019-nCoV tem registado um comportamento epidémico, com epicentro na cidade de Wuhan, mas com surgimento de casos importados em 19 outros países para além da China (à data de 01 de fevereiro de 2020) e um primeiro caso de transmissão interpessoal ocorrido nos EUA.



A disseminação do número de casos levou a que, no dia 30 de janeiro de 2020, a OMS, tenha declarado o estado de Emergência Internacional de Saúde Pública.



Os principais sinais e sintomas clínicos reportados são: febre, tosse e dificuldade respiratória (dispneia).



A infeção por 2019-nCoV pode cursar de forma benigna, mas em pessoas idosas e/ou com doenças crónicas, pode evoluir para formas mais graves de doença.



A administração de antibióticos não é eficaz contra a infeção e não existe profilaxia ou tratamento antivírico específico. O tratamento disponível baseia-se na instituição de medidas de suporte, controlo sintomático e gestão das complicações associadas.



A taxa de letalidade, até então reportada, estima-se em cerca de 2%.



Tendo em consideração a semelhança do 2019-nCoV com outros vírus da mesma família Coronavírus (SARS e MERS) assume-se que a via de transmissão provável aconteça através da inalação ou inoculação de partículas infetadas (via respiratória ou por contacto com superfícies contaminadas).



A prevenção da infeção baseia-se em medidas de proteção e higiene respiratória e na lavagem frequente das mãos.



As recomendações preconizadas para proteção individual e prevenção da infeção por vírus respiratórios, nomeadamente, o emergente 2019-nCov são:


- Lavagem frequente das mãos com água e sabão ou desinfeção com soluções alcoólicas;


- Ao tossir ou ao espirrar, cobrir a boca e o nariz, com a face interna do cotovelo ou com um lenço descartável. Após colocar o lenço no lixo repetir a lavagem das mãos;


- Evitar contacto com pessoas doentes e que apresentem sintomatologia respiratória, em particular, pessoas que tenham estado em áreas afetadas pela doença;


- Em caso de visita a mercados onde sejam comercializados animais vivos ou produtos alimentares de origem animal, evitar o contacto direto com animais vivos e proceder à lavagem frequente das mãos;


- Evitar o consumo de produtos alimentares de origem animal mal cozinhados ou crus;


- Tendo em consideração o comportamento epidémico e ainda imprevisível da doença, é prudente evitar viagens para áreas onde existe transmissão documentada da infeção;


- Pessoas que apresentem sintomas de doença respiratória e que tenham estado, nos últimos 14 dias, na província de Hubei, na China, ou em contacto com pessoas com infeção suspeita ou confirmada por 2019-nCoV, devem contactar e aconselhar-se juntos dos Serviços de Saúde, através dos números do 112 ou 808 24 24 24, antes de recorrerem a uma instituição de saúde.



A contenção e controlo da epidemia dependerá da eficiência dos esforços conjuntos, implementados e articulados a nível mundial, e do contributo, indispensável, das medidas de prevenção adotadas a nível individual.



Ana Cláudia Miranda

Assistente Graduada de Infeciologia

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