Estes alimentos estão entre os principais responsáveis por reações alérgicas alimentares, muitas vezes graves.
A alergia a frutos secos - como amendoins, nozes, amêndoas ou avelãs - é uma das formas mais frequentes e potencialmente graves de alergia alimentar. Em muitos casos, basta a exposição a pequenas quantidades ou vestígios destes alimentos para desencadear uma reação intensa, que pode evoluir para anafilaxia. Por isso, a leitura cuidadosa dos rótulos e a adoção de precauções em ambientes como escolas ou aviões tornaram-se práticas fundamentais para quem vive com esta condição.
Este tipo de alergia tende a persistir ao longo da vida e exige um plano de emergência bem definido. Para além da eliminação rigorosa do alimento (evicção alimentar), muitas pessoas devem ter sempre consigo adrenalina autoinjetável e informar familiares, amigos e colegas sobre a condição. Neste caso, a prevenção é, de facto, uma medida vital.
O marisco e o peixe estão entre as causas mais frequentes de alergia alimentar em adultos, embora também possam afetar crianças. Os sintomas podem surgir de forma súbita, mesmo em pessoas que anteriormente toleravam bem estes alimentos. A exposição não se limita à ingestão direta; o simples contacto com o vapor libertado durante a cozedura pode desencadear reações, o que torna esta alergia particularmente desafiante no dia a dia.
Importa esclarecer que a alergia ao peixe e a alergia ao marisco são causadas por proteínas diferentes. Por isso, uma pessoa alérgica ao peixe pode, muitas vezes, consumir marisco sem problema, e vice-versa. Ainda assim, é comum haver confusão, levando alguns doentes (por vezes até por recomendação médica) a evitar ambos os grupos, o que pode implicar restrições alimentares desnecessárias. Um diagnóstico preciso, feito por um profissional com experiência em alergologia, é essencial para evitar estas limitações injustificadas.
As manifestações incluem urticária, vómitos, dificuldade respiratória e, nos casos mais graves, anafilaxia. Tal como em outras alergias graves, o diagnóstico precoce, a evicção alimentar adequada e a sensibilização das pessoas mais próximas são fundamentais para garantir uma resposta eficaz em caso de emergência.
A alergia ao ovo é uma das mais comuns em crianças pequenas, embora tenda a desaparecer com a idade em muitos casos. As reações podem ser desencadeadas tanto pela clara como pela gema, e a gravidade varia de pessoa para pessoa, desde urticária leve até episódios mais graves, como anafilaxia.
Como o ovo é um ingrediente comum em muitos alimentos processados, sobremesas e até vacinas (em alguns casos), o seu controlo exige atenção redobrada. É essencial que pais, educadores e cuidadores estejam informados, sobretudo em contexto escolar, onde as partilhas alimentares são frequentes.
O diagnóstico precoce e a reavaliação médica periódica ajudam a perceber se a alergia persiste ou se é possível reintroduzir o alimento com segurança, em ambiente controlado.
Tal como o ovo, o leite de vaca é uma causa frequente de alergia na infância, podendo manifestar-se mesmo em bebés ainda em amamentação exclusiva (através da alimentação da mãe). Os sintomas vão desde manifestações gastrointestinais, como cólicas, vómitos ou sangue nas fezes, até sinais cutâneos ou respiratórios. Nos casos mais graves, pode ocorrer anafilaxia.
Esta alergia é muitas vezes confundida com intolerância à lactose, mas são problemas diferentes. Enquanto a intolerância está ligada à digestão do açúcar do leite, a alergia envolve uma resposta do sistema imunitário à proteína do leite.
A maioria das crianças supera esta alergia com o tempo, mas, até lá, é necessário evitar rigorosamente todos os produtos lácteos e garantir que a alimentação continua equilibrada. Nestes casos, o apoio de um nutricionista pode fazer toda a diferença.