Teste Papanicolau: tudo sobre este exame

Quer saber mais sobre o exame de citologia cervico-vaginal ou teste Papanicolau? Saiba tudo sobre o teste que ajuda a salvar vidas.

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A citologia cervico-vaginal, ou teste Papanicolau, é fundamental para o rastreio dajuda a prevenir o cancro do colo do útero e a salvar vidas. Saiba como se processa e quando o deve fazer.

A citologia cervico-vaginal, também conhecida como teste Papanicolau, é um exame simples e eficaz, que evita cerca de 70% das mortes provocadas pelo cancro do colo do útero. Descubra o que é exatamente, porque é tão importante, como se processa, quem e quando o deve realizar.


O que é a citologia cervico-vaginal ou teste Papanicolau?

A citologia cervico-vaginal é um exame ginecológico usado para diagnosticar alterações, lesões e patologias do útero, como inflamações, infeção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV) e cancro. Permite, também, detetar bactérias de transmissão sexual, como, por exemplo, a Tricomonas Vaginalis. 

Este exame foi criado e divulgado em 1940, pelo médico grego Georgios Papanicolau, que lhe deu o nome pelo qual é vulgarmente conhecido. Desde então, a citologia cervico-vaginal tem sido amplamente utilizada e, hoje em dia, integra o Programa Nacional de Rastreio Oncológico para o cancro do colo do útero.


Porque deve ser feita a citologia cervico-vaginal?

O objetivo da citologia cervico-vaginal é identificar lesões pré-cancerígenas ou alterações cervicais, antes de terem uma expressão sintomática, permitindo assim um tratamento mais eficaz. Algumas células do colo do útero, infetadas pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV), podem desaparecer espontaneamente, sem tratamento, mas também podem evoluir para lesões pré-malignas que, se não forem detetadas, progridem para cancro do colo do útero. Assim, este exame desempenha um papel fundamental na redução das mortes por cancro do colo do útero e é a forma mais eficaz de o prevenir.

Além disso, permite avaliar a saúde geral do colo do útero, bem como investigar infeções vaginais, como candidíase ou vaginose. É, também, possível detetar infeções sexualmente transmissíveis, como tricomoníase, clamídia, gonorreia ou sífilis. 


Como é feito o exame de citologia cervico-vaginal?

A citologia cervico-vaginal consiste na recolha de uma amostra de células do colo do útero para análise laboratorial. Este exame é feito pelo médico ginecologista em consulta, que introduz um espéculo no canal vaginal, para que permite visualizar todo o colo do útero. De seguida, é inserida uma pequena espátula para a recolha das células desta zona cervical. A amostra obtida é, posteriormente, enviada para laboratório, para verificar a presença de microrganismos ou alterações celulares.

Este procedimento é simples e rápido. Algumas mulheres relatam algum desconforto ou sensação de pressão no interior do útero, especialmente se existir tensão, mas é uma situação transitória e, geralmente, bem tolerada. Por isso, é indicado que a paciente esteja o mais descontraída possível.


Que tipos de citologia cervico-vaginal existem?

A citologia cervico-vaginal pode ser efetuada de duas formas diferentes: por método convencional ou por meio líquido (Thinprep). No primeiro caso, as células são recolhidas com o auxílio de uma espátula, especificamente concebida para realizar um esfregaço em lâmina de vidro, fixado com um spray adequado.

Por outro lado, na citologia cervico-vaginal em meio líquido, as células obtidas são armazenadas num frasco, para serem observadas em lâmina mais tarde, em laboratório.

Em ambos os casos, a recolha é feita da mesma forma, mas o armazenamento em meio líquido consegue uma preservação mais adequada das células, que permite obter mais material para estudo e realizar outros testes com a mesma amostra. É, por isso, o método de eleição na prática clínica ginecológica.


Quando deve ser feita a citologia cervico-vaginal?

A periodicidade de realização da citologia cervico-vaginal depende do aconselhamento do ginecologista. Em regra, é recomendado que o exame seja feito uma vez por ano e, caso o resultado seja negativo por 2 anos consecutivos, pode passar a ser realizado de 3 em 3 anos. A mulher deve começar a fazer a citologia cervico-vaginal a partir dos 19 anos ou após o início da vida sexual (se tiver mais de 19 anos).

Não há idade limite para deixar de realizar o exame.

Esta frequência pode variar de acordo com algumas condições especificas, como no caso de mulheres que ainda não iniciaram a sua vida sexual, grávidas ou que tenham doenças que alteram a imunidade. Deve consultar sempre o seu ginecologista, para saber a frequência mais ajustada ao seu caso.


Quais são os resultados possíveis da citologia cervico-vaginal?

As alterações apresentadas pelas células do colo do útero são classificadas em 3 níveis. Um resultado negativo, como o próprio nome indica, revela que não foram detetadas anomalias ou alterações, pelo que não há indícios de lesão. Já um resultado positivo significa que foram encontradas alterações, mas podem não ser necessariamente sinal de cancro. Podem, apenas, indicar a presença de inflamações ou infeções. Por fim, um resultado insatisfatório não permite fazer interpretações conclusivas, pelo que a paciente terá de repetir o exame.

Quando o resultado é positivo, deverá falar com o seu ginecologista, para saber os passos a seguir. É possível que seja necessário fazer uma colposcopia, um exame que é efetuado diretamente no colo do útero. Com recurso a corantes vitais, o médico conseguirá observar detalhes que não são avaliados em procedimentos de rotina. Em alguns casos, poderá ser necessário recorrer a uma biópsia, para complementar a avaliação e, assim, chegar a um diagnóstico definitivo.


Quais são os cuidados a ter, antes de fazer a citologia cervico-vaginal?

Apesar de não ser necessário fazer qualquer preparação prévia específica, há alguns requisitos que devem ser considerados, antes de fazer a citologia cervico-vaginal. O exame não deve ser efetuado se a mulher estiver menstruada, uma vez que a presença de sangue dificulta a interpretação dos resultados. Pode, contudo, ser indicado se houver perda de sangue fora do período esperado da menstruação ou se ocorrer como consequência de relações sexuais.

Além disso, a mulher não dever ter atividade sexual nos dois dias anteriores à realização do exame, nem deve usar qualquer produto ou medicamento de aplicação vaginal (salvo indicação médica em contrário). Não há qualquer contraindicação para grávidas.


Como fazer a marcação de uma citologia cervico-vaginal?

Pode fazer a marcação da sua citologia cervico-vaginal nas unidades clínicas da Joaquim Chaves SaúdeJoaquim Chaves Saúde . A nossa equipa de especialistas em Ginecologia está preparada para a ajudar e responder a qualquer dúvida que possa ter. Aqui, poderá contar com os meios mais avançados de diagnóstico e com instalações pensadas no seu conforto, para que possa realizar o exame de forma cómoda e segura. Cuide da sua saúde e marque já o seu exame.

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