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Temas de Saúde

Diagnóstico Pré-Natal: A Biopsia das Vilosidades Coriónicas

Mariana Torgal (Ginecologista-Obstetra) . 06/11/2015

A Biópsia das Vilosidades Coriónicas (BVC) é uma técnica invasiva de diagnóstico pré-natal em que se obtém uma pequena amostra de tecido placentar (vilosidades coriónicas). A amostra colhida é utilizada para avaliar o material genético fetal.

Tal é possível pois o feto e a placenta têm origem na mesma célula e portanto, salvo raras exceções, partilham exatamente o mesmo material genético.Na maioria dos casos o objetivo é avaliar o cariotipo fetal e assim identificar as alterações cromossómicas  como a trissomia 21, 13 e 18. Em casos pontuais pode ser feita também a avaliação de genes específicos


  • Quando e como é realizada a BVC?

A BVC é realizada entre as 11 e as 14 semanas de gravidez. Realiza-se em ambulatório, i.e., sem necessidade de internamento.

Pode ser realizada por via abdominal ou transvaginal. A escolha da via de abordagem é feita pelo médico e dependendo essencialmente da localização da placenta. Em ambos os casos a biópsia é guiada por ecografia.


A BVC por via abdominal inicia-se com a administração de anestesia na pele através de uma pequena injeção. Depois de ser feita a anestesia o médico insere uma agulha fina na pele e, sempre acompanhando com ecografia, atravessa a parede do útero e chega à placenta. A amostra de vilosidades coriónicas (placenta) é então aspirada com uma seringa e enviada para o laboratório.


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Na BVC por via transvaginal a grávida está em posição ginecológica e é colocado um espéculo para visualização do colo do útero (idêntico à da avaliação ginecológica de rotina). Depois o médico introduz uma pinça de biópsia através do orifício externo do colo do útero e, orientado por ecografia, chega à zona de tecido placentar e realiza a biópsia.


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A BVC não é considerada um procedimento doloroso, no entanto a grávida pode sentir algum desconforto pélvico.

No dia do exame deve ser colhido sangue à grávida para exclusão de contaminação materna na amostra.

As grávidas com grupo de sangue Rh negativo devem fazer a injeção intramuscular de imunoglobulina anti-D, no prazo de 72 horas após a BVC, para profilaxia da isoimunização Rh.

Como acontece com qualquer técnica invasiva, a realização de BVC requer o consentimento informado da grávida.


  • A BVC é sugerida em que situações?

As indicações mais frequentes para a realização de BVC são:


  • Rastreio combinado do 1º trimestre com risco aumentado de aneuplodias;

  • Anomalia fetal detectada na ecografia;

  • Anomalia cromossómica ou genética em gravidez anterior;

  • Doença genética familiar que possa ser transmitida ao feto;

  • Estudo molecular ou bioquímico disponível em vilosidades coriónicas;

  • Opção da grávida, desde que informada dos riscos associados.


  • Quais os riscos da BVC?

O principal risco associado à BVC é o de perda fetal (aborto) que ocorre em cerca de 1% dos procedimentos, sendo similar ao risco de aborto pós amniocentese. O risco de infeção descrito é de 1/500. O risco de rotura prematura de membranas pode estar ligeiramente aumentado.

Em cerca de 1% dos casos o resultado da BVC pode ser inconclusivo, por amostra insuficiente ou por contaminação materna.


  • Recomendações às grávidas que realizam BVC

A grávida não deve vir em jejum para a realização da BVC, devendo manter a sua dieta equilibrada habitual.

Depois da realização de uma BVC a grávida deve fazer repouso. A maioria das mulheres poderá retomar a sua atividade física normal no prazo de 24 horas ou, no máximo, de 48 horas. Recomenda-se também abstinência sexual nos primeiros dias após BVC.


A Joaquim Chaves Saúde realiza esta técnica desde 2014, tendo desenvolvido, internamente, metodologias próprias no processamento das amostras. Saiba mais aqui

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